Alimentação e exames: como saber se sua dieta está funcionando

Comer bem é fundamental, mas nem sempre a percepção do dia a dia é suficiente para saber se a alimentação está realmente suprindo as necessidades do organismo. Em muitos casos, apenas os exames laboratoriais conseguem mostrar com clareza se há deficiências ou excessos de nutrientes.

Esses exames fornecem dados objetivos que ajudam médicos e nutricionistas a orientar ajustes na dieta ou, quando necessário, indicar suplementação de forma segura, evitando suposições e intervenções desnecessárias.

Principais marcadores nutricionais

Alguns exames são amplamente utilizados para avaliar o estado nutricional e identificar deficiências comuns que afetam energia, imunidade e bem-estar geral:

• Ferritina: reflete as reservas de ferro; níveis baixos costumam estar associados à anemia ferropriva;
• Vitamina B12 e folato: essenciais para produção de células sanguíneas, energia e função neurológica;
• Vitamina D: relacionada à saúde óssea, imunidade e disposição, com deficiência frequente na população;
• Albumina e proteínas totais: indicam o estado nutricional geral e a ingestão proteica;
• Perfil lipídico: ajuda a avaliar como a alimentação impacta o metabolismo das gorduras.

Nota técnica: a interpretação desses marcadores exige contexto clínico. A ferritina, por exemplo, pode se elevar em processos inflamatórios, motivo pelo qual, em algumas situações, exames complementares como PCR são solicitados.

Sinais que merecem checar exames

Alguns sintomas do dia a dia podem estar relacionados a deficiências nutricionais e justificam uma avaliação laboratorial:

• fadiga persistente ou falta de energia;
• queda de cabelo e unhas frágeis;
• recuperação lenta de feridas;
• alterações no apetite ou no peso sem causa aparente.

O que fazer com os resultados

1. Levar os laudos a um médico ou nutricionista para interpretação adequada;
2. Evitar suplementação prolongada sem orientação, pois excessos também podem causar prejuízos;
3. Investir em uma alimentação variada, com fontes de ferro, proteínas magras, gorduras de boa qualidade e frutas e vegetais coloridos;
4. Reavaliar os exames após 3 a 6 meses, conforme orientação profissional.

Suplementação: quando é indicada

Suplementos podem ser aliados importantes, mas sua indicação deve ser individualizada. A vitamina D, por exemplo, costuma ser recomendada em casos de deficiência comprovada, mas a dosagem e o tempo de uso variam conforme cada situação.

O mesmo princípio vale para ferro, vitamina B12 e outros micronutrientes. Os exames laboratoriais são fundamentais para orientar esse processo de forma segura.